Água é vida. Vamos usar com inteligência para que ela não falte
18/03/2015
A água é um recurso finito e essencial para a sobrevivência dos seres vivos. Por isso cuidar da água e usá-la de forma sustentável e deve ser a grande preocupação da sociedade responsável.
O uso consciente dessa preciosidade é uma obrigação de todos, pois, temos o compromisso com as futuras gerações e com o meio ambiente. E neste compromisso, cada gota faz a diferença.
O Brasil possui a maior reserva de água doce do mundo, o Aquífero Guarani. Uma reserva subterrânea de água doce, a maior do mundo, que abrange parte dos territórios do Brasil e países vizinhos (Uruguai, Argentina e Paraguai). Entretanto, o Brasil ocupa a primeira colocação no ranking do desperdício, tanto por parte de sua população, quanto pela indústria, que não investe no tratamento adequado de seus efluentes.
Segundo projeções divulgadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), a oferta de água potável no mundo deve diminuir 60% neste século.
Para ampliar a discussão sobre o tema, em 1992 a ONU implantou o dia 22 de março, como o Dia Mundial da Água. Além disso redigiu a “Declaração Universal dos Direitos da Água”:
Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos antepassados; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.