Alunos da FUCAMP fazem viagem cultural a Araxá
14/05/2015
A Coordenação do Curso de Pedagogia realizou no sábado (9), uma viagem cultural à cidade de Araxá. O objetivo foi despertar o interesse dos alunos do 7º período de Pedagogia pela história, além de e mostrar a importância da preservação do patrimônio histórico-cultural.
Durante a visita a Araxá, os estudantes conheceram o Museu Calmon Barreto, um dos maiores museus brasileiros com acervo de um único artista. Abriga as obras do versátil Calmon, cujo talento se manifestou através do desenho, pintura, escultura, numisma e literatura. Calmon Barreto fez carreira no Rio de Janeiro como professor e diretor da Escola Nacional de Belas Artes. Na Europa usufruiu de bolsa de estudos como artista premiado em 1939. Contemporâneo de Portinari, Villa-Lobos e de outras expressões da cultura nacional, retornou à terra natal onde produziu intensamente, legando-nos todo seu talento e arte.
Os alunos também visitaram o Museu Sacro da Igreja de São Sebastião. Instalado na antiga sacristia da Igreja de São Sebastião (patrimônio tombado pelo Decreto Estadual n° 19.908, de 22/05/1979) construída em 1804. Memoriza a história religiosa da cidade, destacando-se as fantásticas esculturas barrocas de Bento Antônio da Boa Morte e de outras peças sacras. À porta de entrada foi sepultado o seu construtor José Pereira Bom Jardim, onde podem ser lidas as iniciais do seu nome: JPBJ 01-06-1849.
No roteiro também constou o Memorial de Araxá, um espaço criado com o objetivo de homenagear e reunir mobiliários, objetos e fotos de cidadãos que foram e são importantes na construção da nossa história. Está instalado em um antigo casarão construído na primeira metade do século XIX.
Visitaram também o Grande Hotel do Barreiro, inaugurado em 1944 por Getúlio Vargas e projetado por Luis Signorelli. O Complexo do Grande Hotel tornou-se um dos maiores marcos da arquitetura e do turismo brasileiro do século XX. Foi palco de grandes acontecimentos sociais, políticos e culturais que marcaram a história do país.
O local, projetado sob forte influência da arquitetura italiana e do estilo de missões, é tombado pelo Patrimônio Histórico e desde 2005 é administrado pela Rede de Hotéis Ouro Minas, que implantou o conceito de Resort e SPA.
Sua construção impressiona por sua grandiosidade. São 45 mil metros quadrados de muita beleza e luxo. O Hotel possui um lobby de 172 metros quadrados com piso de mármore Carrara, 283 apartamentos, cinema, teatro, imensos salões decorados com móveis de época, lustres e janelas com cristais Boêmia, além de obras de arte com afrescos e vitrais. Os jardins e o paisagismo são assinados por Burle Marx. Ao lado do Hotel encontram-se as Termas de Araxá, onde os visitantes aproveitam os efeitos terapêuticos das fontes radioativas e sulfurosas.
Em 1994 o Complexo foi fechado para uma grande reforma. As Termas foram reinauguradas em 1997. O Grande Hotel reabriu suas portas somente em 2001, depois de uma restauração milionária que manteve a arquitetura e o mobiliário da década de 40.
Todos os apartamentos foram reformados e modernizados para melhor atender aos visitantes, apenas as suítes governamental e presidencial foram preservadas e mantiveram suas principais características.
Outros dois pontos turísticos fizeram parte do roteiro: A Fonte Dona Beja, assim batizada para homenagear a personagem histórica mais famosa de Araxá. Segundo contam na cidade, a fonte fica no mesmo local onde Dona Beja costumava banhar-se. Dizem que sua beleza e jovialidade eram resultado de seus longos banhos na Água mineral radioativa da fonte; E os Doces Dona Joaninha, que são feitos de forma artesanal, e tornou-se famosos na cidade ganhando ainda mais projeção no cenário mineiro e nacional devido a sua qualidade. Já há alguns anos é citada pelo Guia Quatro Rodas, como a melhor doceira de Araxá e a única citada no roteiro do circuito das Águas.
Para a FUCAMP, estas viagens culturais contribuem de forma significativa para o enriquecimento cultural dos graduandos.
Revisado por Kelma Gomes Mendonça Ghelli.